Foto: Carlos Sodré
Hoje, em Brasília, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional vai declarar o carimbó Patrimônio Cultural do Brasil. Desde as 6h, em Belém e em mais 22 municípios, de onde vão sair as caravanas com grupos e mestres envolvidos na campanha que durou mais de dez anos e resultou no processo junto ao IPHAN, o dia é de festa. A celebração começou cedinho na Feira do Ver-o-Peso, com uma alvorada de fogos e o carimbó de raiz do grupo Sancari, do bairro da Pedreira. Para a manifestação cultural são aguardados mais de 60 grupos de carimbó do arquipélago do Marajó e regiões do Salgado, Bragantina e Metropolitana de Belém, que vão se apresentar em um palco montado na Praça do Povo, do Centur. A programação é gratuita e vai se estender durante o dia inteiro, até às 20h.
Tipicamente parauara, o carimbó foi declarado Patrimônio Cultural e Artístico do Estado pela Lei nº 7.345, passando a ser incluído nos calendários histórico, cultural, artístico e turístico do Pará. O pedido de registro junto ao IPHAN foi apresentado pela Irmandade de Carimbó de São Benedito e associações culturais Japiim, Raízes da Terra e Uirapuru. O Departamento de Patrimônio Imaterial do IPHAN e a superintendência do órgão no Pará conduziram o processo de registro e acompanharam as pesquisas para a identificação do carimbó em diversas regiões do Estado, entre 2008 e 2013.
Agora, deverá ser estabelecida uma política federal de reconhecimento e valorização do carimbó, além da implementação de um plano de salvaguarda que assegure as condições de transmissão e reprodução do bem. O registro permite, também, acesso a recursos por meio de editais específicos de fomento às iniciativas de fortalecimento e divulgação dessa forma de expressão, dando maior visibilidade àqueles para os quais a vida cotidiana é indissociável do carimbó.
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